História

Nove anos após o descobrimento das fabulosas minas de Cuiabá, por Paschoal Moreira Cabral e Miguel Sutil, Diamantino também foi descoberto. Gabriel Antunes Maciel, numa perigosa excursão por água e por terra, penetrou com sua bandeira pelo sertão mato-grossense, por lugares que talvez nunca tenham sido pisados por civilizados.
Supõe-se que a corajosa bandeira, vencendo as dificuldades, tenha alcançado as mais altas cabeceiras do rio Paraguai. O certo é que após alguns dias de cuidadosa exploração, sem muito sucesso, os bandeirantes chegaram às margens de um pequeno rio, correndo num vale entre rochas e cascalhos, onde encontraram ouro e diamantes em quantidade. Este rio de água doce e cristalina era mesmo o Diamantino, onde ouro e diamantes eram encontrados até à flor do solo. Esplêndida descoberta. Era o ano de 1728.
A notícia chegou logo a Cuiabá, de onde partia muita gente àquela rica região. Em pouco, na confluência do Ribeirão do Ouro com o rio Diamantino, estava formado um grande arraial; (conhecido como Arraial do Ouro do Alto Paraguai) que logo, em 23 de novembro de 1820, passou à categoria de vila, com o nome: “Vila de Nossa Senhora da Conceição do Alto Paraguay Diamantino”.

FUNDAÇÃO DE DIAMANTINO

A descoberta em 1719 das fabulosas minas de ouro de Cuiabá deu muito estímulo e coragem ao prosseguimento de outras explorações.
O lugar onde mais tarde seria criada a cidade de Diamantino teve início a 18 de setembro de 1728.
Os bandeirantes paulistas eram audazes nas suas investidas, à procura de índios e riquezas minerais pelo sertão.
Gabriel Antunes Maciel, capitão-mor de Sorocaba, vencendo todas as dificuldades, avançou a sua bandeira pelo sertão norte-mato-grossense, alcançando Diamantino, a maior riqueza diamantífera da região, nas altas cabeceiras do rio Paraguai.
A exploração do ouro foi crescendo e cada vez mais animada, até chegar na confluência do ribeirão do Ouro no Diamantino. Nesse ponto a abundância de ouro e diamantes foi extraordinária, provocando uma vibração de alegria, porque os minérios eram encontrados até mesmo à flor do solo.
Diante de tamanha descoberta, a notícia chegou logo a Cuiabá, de onde saía muita gente, com destino àquela região. E assim fundaram o Arraial do Alto Paraguai, onde é a atual cidade de Diamantino.
No dia 18 de setembro de 1728, Gabriel Antunes Maciel despachou uma carta para a Câmara Regente de Cuiabá, por mãos do capitão-mor Gaspar de Godoy. Na carta, dava a compreender a descoberta do ouro e começo do Arraial do Ouro, o primeiro nome de Diamantino. Essa carta fez valer o título de capitão-mor a Gabriel Antunes Maciel, e o fato oficial da fundação do Arraial.
Por isso, celebra-se no dia 18 de setembro o aniversário de fundação de Diamantino.
Outros arraiais foram criados na vasta região do Alto Paraguai, mas entraram em decadência e até mesmo à extinção. Inclusive, o antigo “ Córrego Grande” ou “Arraial Velho”, a cinco quilômetros acima, e sob o patrocínio de Nossa Senhora do Bom Parto. Esse arraial ia crescendo e as terras foram repartidas na presença do juiz- desembargador vindo de Cuiabá para isso. Foi um ato solene de um tempo próspero para o arraial, dando a impressão de que logo seria a sede municipal. Mas, na garimpagem do ouro, começou a aparecer o diamante, e este tinha proibida a sua extração por ordem régia. Foi a ruína.. A guarda policial chegou de Cuiabá e em oito dias fez o povo desaparecer. Era o fim para impedir a garimpagem. O 1° governador da província, d. Antônio Rolim de Moura Tavares, estabeleceu um verdadeiro quartel no lugar onde apareceu o primeiro ouro (Diamantino).
Ali, o destacamento do Alto Paraguai Diamantino dominou e deu força do governo ao lugar. A denominação de Alto Paraguai nasceu de um erro geográfico dos bandeirantes. Eles achavam que o rio Diamantino era o caudal formador do rio Paraguai. Quase 50 anos perdurou este engano. Quando foi descoberto o verdadeiro caudal do rio Paraguai para fins de geografia, o nome já era oficializado, e assim ficou por século, sendo corrigido e oficializado definitivamente em 16 de julho de 1918, quando a vila, pela lei 772, passou à categoria de cidade, com o seu nome definitivo: Diamantino.
Naquele tempo, apesar da distância e o meio de comunicação difícil, o arraial de Diamantino foi crescendo e progrediu tanto, que por Alvará Régio de 23 de novembro de 1820 passou à categoria de vila, com nome “Vila de Nossa Senhora da Conceição de Alto Paraguai Diamantino”.
Em 1823, por ocasião da escolha da nova capital de Mato Grosso, Diamantino colocava-se em 3° lugar entre as principais cidades, quando foi escolhida Cuiabá . Pela Lei n° 772, de 16 de julho de 1918, recebeu a categoria de cidade, com o seu nome definitivo “DIAMANTINO”. Em 1920, por ocasião da visita de Sua Excelência, o arcebispo dom. Francisco de Aquino Corrêa, então presidente do Estado, a cidade de Diamantino foi por ele cognominada “SENTINELA DO NORTE MATO-GROSSENSE”. Em 1823, por ocasião da escolha de novo lugar para a Capital da Província de Mato Grosso, a Junta Governativa de Cuiabá apresentou a proposta a dom Pedro I para Diamantino ser a Capital.
A razão era que Diamantino tinha um comércio para o Pará muito próspero, superando o de Cuiabá, que tinha mais dificuldades para comercializar com São Paulo.
Dom Pedro perguntou se Diamantino estava situado na beira de rio largo e de bom calado. Ouvindo dizer que não, escolheu Cuiabá para Capital, confirmando um ato régio de 1820.
Nota – O equívoco dos bandeirantes entre os rios Paraguai e Diamantino perdurou por mais anos. Na segunda metade do século XIX, quando se realizaram os estudos geográficos da região, é que foram conhecidos e destacados os caudais de ambos os rios. E o nome de Alto Paraguai já estava oficializado. E ainda permaneceu por muito tempo.
Foi corrigido e oficializado por lei, a 16 de julho de 1918, quando a vila passou à categoria de cidade, com o seu nome definitivo, “Diamantino”.

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